quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Resistência ao Trabalho É a Maior Causa da Hipertensão

A Hipertensão (pressão alta), caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea (acima de 14 por 9), é uma doença crônica e cada vez mais frequente. Chamada de “assassina silenciosa”, é um dos principais fatores de risco de acidente vascular cerebral (AVC) e enfarte. No Brasil, foram registrados 388 óbitos por dia no ano de 2017 devido à pressão alta e suas sequelas. (1) 
Cerca de 25% dos Brasileiros Sofrem de Hipertensão, conforme pesquisa com 52.395 moradores das capitais; sendo que os mais afetados são os idosos com mais de 65 anos (1), uma vez que se aposentam e se sentem inúteis. Gøtzsche aconselha que os idosos controlem a pressão arterial sem medicamentos, como muitos fazem, para evitar efeitos colaterais como vertigens e quedas.(2)
A causa da maioria dos casos de hipertensão é psicossocial. “Não é possível separarmos nossos valores e filosofia de vida de nossa saúde emocional e orgânica. Existe uma unidade no ser humano: seus sentimentos, seus pensamentos e suas ações são inseparáveis, e interagem entre si o tempo todo”. (3)
Numa entrevista de Rádio, a psicanalista Cláudia Pacheco, autora de obras sobre Medicina Psicossomática, alerta: “Pelo processo inconsciente de inversão*, o ser humano trabalha com raiva, e isso causa contração muscular e a produção de toxinas, que podem ser letais. Muitos trabalham contrariados porque estão trabalhando para causas nocivas, mas isso precisa ser analisado, conscientizado e dissolvido, senão a pessoa acaba morrendo mais cedo. Se o ser humano precisa trabalhar numa estrutura doentia para sustentar a família, deve fazer análise trilógica para aprender a lidar com esse confl ito no interior. É possível regularizar e estabilizar a pressão sem medicação, com psicoterapia. Mas, se o cliente parar de fazer análise ou começar a esconder o que sente, então a pressão volta a subir.” (4)
A Ação (Pura) É a Saúde, e a Inação a Doença “Hoje em dia, o ideal de todos é viajar, ter uma vida de prazeres, sem muito trabalho, uma vida de ócio até... Hipertensão é mais comum nas pessoas que estão descontentes com o trabalho,” diz N. Keppe, no seu Programa de Rádio. (4) O sonho de se aposentar e parar de trabalhar é uma ilusão porque quem faz isso nunca consegue a felicidade que almejava. Veja o diálogo a seguir:

Cliente: - Quando me aposentei, tinha a ideia que iria ter um vidão, que conseguiria a realização de todos os meus sonhos. 
Psicanalista: - Mas, explique melhor. 
Cliente: - Tinha a ideia que iria viver viajando, conhecendo os lugares mais bonitos do mundo, e noto que não encontrei a felicidade com isso.

Esse fato mostra que o bem-estar reside no interior de cada pessoa, e toda a maravilha que existe reside mais aí – que a verdadeira felicidade consiste no encontro do bem interno com o externo. Daí, a necessidade de construir uma civilização estética e boa, para se coadunar com nosso aspecto são fundamental”. (5)
__________

*Inversão: Mecanismo psíquico, inconscientizado, descoberto por N. Keppe.
1. Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 2018. http://www.saude.gov.br/ noticias/agencia-saude/45446-no-brasil-388-pessoas-morrem-por-dia-por-hipertensao. Acessado 28/11/2019.
2. GØTZCHE, P. Medicamentos Mortais e Crime Organizado. Bookman Editora, 2016
3. PACHECO, C.B.S. De Olho na Saúde. 2ª ed. Proton Editora, 2016.
4. Programa Stop a Destruição do Mundo, nº 652, Rádio Mundial, dez/2019.
5. KEPPE, N.R. Teologia Trilógica Científica. Proton Editora, 2009.

Texto do Jornal STOP 103, disponível aqui!

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

A tensão emocional e as doenças da gengiva

Os dentes e as gengivas também sofrem influência das nossas emoções negativas como raiva, medo e inveja. Através da técnica de conscientização keppeana podem-se resolver problemas gengivais, como no seguinte caso: 

A senhora L.G. (68 anos) tinha dentes com certa mobilidade; suas gengivas se inflamavam e sangravam sempre que ela era convidada para uma reunião social. Com a psicoterapia trilógica, L.G. conscientizou-se que se isolava para manter uma ideia de perfeição sobre si mesma e passou a ser mais sociável. Aos poucos seus dentes firmaram e até hoje, com 82 anos, sua saúde bucal continua estabilizada. 

Outro caso interessante é de M.A. que, aos 30 anos, apresentou descolamentos da gengiva (bolsas periodontais). Nesse caso, o especialista indicou cirurgia das gengivas. Descontente com isso, M.A. nos procurou para fazer tratamento e iniciou também a psicoterapia trilógica. Em poucos meses, houve reparação das bolsas periodontais, e sua saúde bucal permaneceu assim até hoje (aos 62 anos), necessitando apenas de raspagens anuais.

Como somos uma unidade indissolúvel entre o psíquico e o físico, adoecemos primeiro psiquicamente e depois fisicamente. A conscientização de nossos problemas tem um grande poder energético de recuperar nossa saúde. Pela natureza, a estrutura essencial do ser humano é capaz de autorregenerar nosso organismo.

Márcia Sgrinhelli e Heloísa Coelho Dentistas, professoras de Psicossomática da Faculdade Trilógica Keppe & Pacheco.


Texto publicado no Jornal STOP 102, disponível aqui!


segunda-feira, 30 de setembro de 2019

A Tensão Emocional e as Cáries Dentárias

Ao longo de nossa prática de quase 30 anos, no Brasil, Estados Unidos, Portugal e França, atendemos um sem-número de clientes que, devido a uma forte tensão emocional, adquiriram doenças bucais em questão de horas ou dias. Por exemplo: F.C. contraiu cáries na época de provas, quando estava muito tenso por não haver estudado adequadamente; I.N. contraiu novas cáries e aftas logo após ter-se separado da esposa; F.M. teve novas cáries e inflamação da gengiva quando cuidava da mãe, que tinha uma doença grave; D.S. tinha crises de aftas quando se irritava com sua irmã mais nova.
Isso mostra, como disse Hipócrates, o pai da Medicina, que “não existe a doença, existe o doente”. Ou seja, como afirma a Cláudia B. S. Pacheco em seu livro “A Cura pela Consciência – Teomania e Stress”, somos uma unidade indissolúvel entre o psíquico e o físico, com a predominância do primeiro, pela sua superioridade; o doente adoece psiquicamente primeiro e, em consequência, fisicamente. Porém, ela assinala que o que importa não é o acontecimento em si, mas sim nossa atitude diante da consciência que ele traz. Percebe-se em todos esses casos citados uma resistência a ver e lidar com problemas, o que afeta o organismo, altera a salivação e origina as doenças bucais.
Desde o início de nossa atuação como cirurgiãs-dentistas, fizemos nossa formação em Psicanálise Integral, o que nos foi de enorme auxílio em todas as áreas sobretudo no exercício de nossa profissão. A orientação psicossomática, que adotamos, permite um questionamento mais amplo, no sentido de permitir que a pessoa, cada vez que adquire uma doença bucal, possa verificar também o que está se passando em sua vida emocional e social.

Texto do Jornal STOP 54 disponível aqui.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Lentes de Contato ou Dente Natural?

Nos últimos anos, as “lentes de contato” (facetas de cerâmica bem finas, colocadas nos dentes) “viraram moda”. Alega-se que conservam as estruturas dos dentes naturais; porém, na maioria das vezes, é necessário desgastar o esmalte dentário para aplicá-las. E esse desgaste é irreversível, ou seja, quando uma faceta quebra e solta, o paciente tem que ir logo ao dentista para este repor seu sorriso artificial. Os dentes naturais apresentam uma beleza única, insubstituível. A cor natural dos dentes varia de pessoa para pessoa; com a idade, os dentes escurecem um pouco, mas continuam em harmonia com a face. Qualquer procedimento odontológico, mesmo o mais avançado do mundo, “não chega aos pés” da beleza (divina) dos dentes naturais. Então, por que muitos querem alterar a cor dos dentes naturais ? Atualmente, há um grande incentivo pela aparência. O ser humano foge da realidade, do contato consigo mesmo, através de uma máscara. Com isso, muitos acabam estragando seus próprios dentes, na busca de um sorriso artificial; e o resultado disso é lamentável: perda da saúde e da beleza natural. “O uso da máscara pode ser visto não só para enganar o próximo, mas, principalmente a si mesmo, estragando a própria existência; de maneira que temos que ver agora que o indivíduo, denominado hipócrita, causa o maior desastre para sua existência desde que não consegue viver de acordo com o que é por si: o bem” (Keppe, A Origem da Sanidade)

Texto disponível no Jornal STOP 101

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Emoções e Doenças Bucais

Em nossa boca vivem milhões de bactérias, em perfeita harmonia com o organismo. Elas contribuem com a saúde (bucal e geral), participando do desenvolvimento de tecidos, proteção e digestão. Portanto, é o contrário do que Pasteur afirmou, que os micróbios seriam seres perigosos, que deveriam ser eliminados. Eliminar as bactérias da boca, como muitos fazem, através de bactericidas (como os enxaguatórios) constitui na verdade um erro, que conduz a doenças bucais e gerais. Nakae (1986) adverte que o uso tópico de antibióticos, sobre a placa bacteriana leva à destruição dos micro-organismos, o que impossibilita que estes atuem como recurso preventivo de doenças gengivais. Madigan e outros afirmam que a composição da microflora humana é relativamente estável (...), protegendo o hospedeiro e produzindo nutrientes importantes que contribuem para o desenvolvimento do sistema imunológico” (Madigan MT, Martinko JM & Parker J. 1996. Biology of microorganisms, 8th. Prentice Hall, NJ, USA). Nossa experiência clínica confirma a tese de Norberto Keppe que nossas enfermidades bucais (e gerais) advêm primariamente de um desequilíbrio psíquico (e social), que atinge o organismo, e não que os micro- -organismos sejam a causa do adoecimento. Uma pessoa psiquicamente equilibrada e com uma vida social adequada, dificilmente contrai doenças. Assim, para prevenirmos e tratarmos as enfermidades, temos que considerar a estrutura integral do ser humano – sobretudo sua parte psíquica, social e ambiental, como a ciência trilógica vem mostrando na atualidade.

Márcia Sgrinhelli e Heloísa Coelho

Texto disponível no Jornal STOP 55 disponível aqui.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Os Refrigerantes Tipo Cola e Outros Ácidos Que Corroem os Dentes

“Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. É isso que acontece com os dentes que têm contato frequente com ácidos: eles sofrem de erosão (perda da sua estrutura dentária, decorrente de um processo químico de dissolução da porção mineralizada). 
De acordo com o Prof. Dr. Wilson Garone Filho, os mais erosivos, em ordem decrescente são: vinagre, água aromatizada com limão, suco de laranja, fanta laranja, coca-cola, pepsi light e vinho branco. (12) 
Ácidos são os principais desmineralizantes dos dentes e, por outro lado, a saliva é a maior remineralizadora (protetora). Ela é a principal atuante na remineralização dos dentes porque ela dilui e remove os ácidos através do fluxo salivar, neutraliza os ácidos e fornece cálcio e fosfato. Apesar da saliva ter a capacidade de remineralizar o esmalte, seu efeito tem limites. 
Depois da água, os refrigerantes são as bebidas mais consumidas no mundo. Eles são potencialmente erosivos para os dentes. Entre os refrigerantes, os tipo cola(que contêm ácido fosfórico) são mais erosivos do que os guaranás. Além disso, eles contêm excesso de fosfato, que prejudica o metabolismo do cálcio, favorecendo a osteoporose.
A localização preferencial das lesões causadas pelos ácidos de origem externa como o limão, as bebidas esportivas e os refrigerantes tipo cola é a parte da frente dos dentes superiores (face vestibular). Porém, com o uso frequente desses ácidos, os demais dentes podem sofrer erosão. Quanto maior o número de vezes que os dentes entram em contato com ácidos, maior será a erosão total. Isso ocorre porque a erosão causada pelos ácidos no esmalte é mais drástica nos primeiros minutos.
Portanto, o ideal é reduzir o consumo de refrigerantes e demais ácidos e, quando tomar os tipo cola, usar canudo (diminuindo o contato com os dentes) e, esperar, no mínimo, 30 minutos para a escovação (permitindo a atuação da saliva, para evitar abrasão). Também, para evitar abrasão, não consumir alimentos duros e/ou fibrosos junto ou logo após bebidas erosivas. É claro que as pessoas mais equilibradas têm uma dieta mais saudável, não excedendo em ácidos.

Trecho do livro Como Preservar os Dentes Naturais, escrito por Márcia Sgrinhelli e Heloísa Coelho
Adquira já clicando aqui.


segunda-feira, 20 de maio de 2019

Clareamento ou Dente Natural?

A cor natural dos dentes varia de pessoa para pessoa, e vai desde o branco-amarelado até o branco-acinzentado. Porém, na década de 90 iniciou-se nos EUA um movimento odontológico em busca do “branco total”, que praticamente inexiste na natureza, incentivando em várias partes o clareamento dos dentes vivos (polpados).
Esse branqueamento com produtos químicos tem efeitos como: aumento da sensibilidade e dor dos dentes; danos aos tecidos moles e duros da boca (irritação das mucosas, aumento da porosidade superficial e da friabilidade do esmalte, diminuição da sua microdureza); danos aos materiais restauradores (restaurações feitas em dentes clareados estão mais sujeitas a terem microinfiltrações) e, o mais grave, efeito co-carcinogênico (capaz de produzir câncer quando ligado a outros fatores).
Se tudo isso acontece, afinal, por que muitos querem ainda alterar a cor natural dos dentes? A nosso ver, a explicação está no livro “A Libertação” de Norberto Keppe: “Tudo o que existe carrega altíssima dose de incrível beleza, e permanecemos indefinidamente desejando reconstruir o mundo novamente, conforme nossos padrões imaginativos, acabando por fazer uma obra que nem nós aceitamos”.
Na base dessa troca do natural pelo artificial está a teomania (desejo de ser deus no lugar do Verdadeiro) e a inversão (advinda da inveja). Esses elementos da patologia psíquica precisam ser conscientizados, para voltarmos a ter um nível de vida saudável, aceitando a beleza de nossos dentes naturais.

Heloísa Coelho e Marcia Sgrinhelli

Texto disponível no Jornal STOP 57 disponível aqui.