A cor natural dos dentes varia de
pessoa para pessoa, e vai desde
o branco-amarelado até o branco-acinzentado. Porém, na década de
90 iniciou-se nos EUA um movimento
odontológico em busca do “branco total”,
que praticamente inexiste na natureza,
incentivando em várias partes o clareamento dos dentes vivos (polpados).
Esse branqueamento com produtos
químicos tem efeitos como: aumento da
sensibilidade e dor dos dentes; danos aos
tecidos moles e duros da boca (irritação
das mucosas, aumento da porosidade
superficial e da friabilidade do esmalte,
diminuição da sua microdureza); danos
aos materiais restauradores (restaurações feitas em dentes clareados estão
mais sujeitas a terem microinfiltrações)
e, o mais grave, efeito co-carcinogênico
(capaz de produzir câncer quando ligado a outros fatores).
Se tudo isso acontece, afinal, por que
muitos querem ainda alterar a cor natural
dos dentes? A nosso ver, a explicação está
no livro “A Libertação” de Norberto Keppe:
“Tudo o que existe carrega altíssima dose
de incrível beleza, e permanecemos indefinidamente desejando reconstruir o mundo
novamente, conforme nossos padrões imaginativos, acabando por fazer uma obra
que nem nós aceitamos”.
Na base dessa troca do natural pelo
artificial está a teomania (desejo de ser
deus no lugar do Verdadeiro) e a inversão (advinda da inveja). Esses elementos
da patologia psíquica precisam ser conscientizados, para voltarmos a ter um nível de vida saudável, aceitando a beleza
de nossos dentes naturais.
Heloísa Coelho e Marcia Sgrinhelli
Texto disponível no Jornal STOP 57 disponível aqui.
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