segunda-feira, 20 de maio de 2019

Clareamento ou Dente Natural?

A cor natural dos dentes varia de pessoa para pessoa, e vai desde o branco-amarelado até o branco-acinzentado. Porém, na década de 90 iniciou-se nos EUA um movimento odontológico em busca do “branco total”, que praticamente inexiste na natureza, incentivando em várias partes o clareamento dos dentes vivos (polpados).
Esse branqueamento com produtos químicos tem efeitos como: aumento da sensibilidade e dor dos dentes; danos aos tecidos moles e duros da boca (irritação das mucosas, aumento da porosidade superficial e da friabilidade do esmalte, diminuição da sua microdureza); danos aos materiais restauradores (restaurações feitas em dentes clareados estão mais sujeitas a terem microinfiltrações) e, o mais grave, efeito co-carcinogênico (capaz de produzir câncer quando ligado a outros fatores).
Se tudo isso acontece, afinal, por que muitos querem ainda alterar a cor natural dos dentes? A nosso ver, a explicação está no livro “A Libertação” de Norberto Keppe: “Tudo o que existe carrega altíssima dose de incrível beleza, e permanecemos indefinidamente desejando reconstruir o mundo novamente, conforme nossos padrões imaginativos, acabando por fazer uma obra que nem nós aceitamos”.
Na base dessa troca do natural pelo artificial está a teomania (desejo de ser deus no lugar do Verdadeiro) e a inversão (advinda da inveja). Esses elementos da patologia psíquica precisam ser conscientizados, para voltarmos a ter um nível de vida saudável, aceitando a beleza de nossos dentes naturais.

Heloísa Coelho e Marcia Sgrinhelli

Texto disponível no Jornal STOP 57 disponível aqui.

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