Há
mais de 200 anos, o amálgama de prata tem sido usado como material restaurador
dos dentes de trás e continua sendo o material mais aceito para restaurações de
dentes posteriores. A continuidade de
sua popularidade em todo o mundo é atribuída a vários fatores, sendo os mais
importantes: durabilidade, relação custo-benefício para o paciente e simplicidade
da técnica. (1,2) Porém, desde os anos
80, surgiram as resinas compostas modificadas como uma nova opção para
restaurar esses dentes. Antes, as
resinas compostas, que são derivadas do petróleo , só eram utilizadas para
restaurações estéticas dos dentes anteriores.
Através de trabalhos científicos e experiências clínicas de vários
países, pode-se confirmar a superioridade das restaurações de amálgama em
relação às de resina para os dentes posteriores. Apesar disso, o poder econômico
patológico divulga pesquisas deturpadas que incentivam o uso de resinas para os
dentes de trás, alegando que o amálgama de prata é tóxico. É importante
esclarecer que o mercúrio liberado pelas restaurações de amálgama, pelos dados
até agora obtidos, não contribui para o aparecimento de doenças sistêmicas,
efeitos toxicológicos, danos imunológicos ou teratológicos. (1) Como a maioria da população mundial tinha
restaurações de amálgama, a troca pelas resinas deu
um lucro fabuloso para as multinacionais. Nos EUA, Stephen (1994) concluiu que,
nos anos de 1990, se o amálgama não fosse usado como material restaurador, o
gasto adicional seria de U$ 12,4 bilhões e que, em 1994, o custo estimado para
todas as restaurações de amálgama seria de U$ 248 bilhões. (1) Ao denegrir a reputação do amálgama, o poder econômico
faz com que o povo acredite que a causa das doenças seja apenas orgânica (visão
organicista). Ao alimentar essa ideia invertida de que o mal vem de fora, ele
faz com que muitos pensem que um simples amálgama de prata possa ser a causa de
todos os seus males orgânicos e psíquicos, tais como: asma, rinite, mau hálito,
problemas gástricos, problemas cardíacos, dor de cabeça, tontura,
irritabilidade, ansiedade, insônia, sonolência, depressão etc . Tivemos
clientes europeus e americanos que haviam
trocado todas as restaurações de amálgama por resina, na esperança de obter
alívio de seus sintomas. No entanto, ao invés disso, eles adquiriram mais problemas: as novas restaurações
quebraram rapidamente, sofreram recidiva de cárie e alguns dentes precisaram de
tratamento de canal. O Instituto de Pesquisa
em Odontologia dos EUA afirma que não existem evidências convincentes de que o
amálgama possa causar uma ampla variedade de sintomas que têm sido atribuídos a
ele, e nem que a cura ou a melhoria da saúde geral possa ser conseguida pela
sua remoção.(3) Os dados científicos da literatura não justificam
descontinuidade de uso ou a substituição das restaurações de amálgama
existentes. (1)
A
VERDADEIRA CAUSA DAS DOENÇAS
O
sistema-sócio-econômico patológico em que vivemos equivale pelo menos a 50% das causas dos nossos problemas orgânicos
e psíquicos . “ O ser humano vive entre
duas pressões: a primeira, do ambiente social , e a segunda, do seu interior psicológico. De modo geral, podemos dizer que os dois
exercem forte atuação : a) porque a estrutura social é errônea , colocando o
ser humano sempre em choque; b) a vida psicológica , esposando ideias errôneas
, e não percebendo os seus maus sentimentos , acaba por desnortear
completamente a pessoa. O resultado deste verdadeiro campo de luta são as
doenças físicas e psíquicas, as doenças sociais, os crimes, roubos e
delinquência em geral.” (4)
Portanto,
as doenças orgânicas e psíquicas têm sua origem em causas bem diferentes das
maliciosamente descritas pelo mercado internacional das resinas sintéticas.
1-
Felippe,L.A;
Vieira,L.C.C. & Danker,A.L. – Rev. APCD V.53 no. 1 jan/fev 1999
2-
Karl
F. Leinfelder ; Jack E. Lemons M.S –
Clínica Restauradora- 1a. ed., 1989
3- Cury,J. A. -Suplemento Saúde da Revista
Manchete, n. 2223, 1994, pg.5
4-
Keppe,
N.-A Libertação dos Povos , Proton
Ed.,1993