sexta-feira, 5 de julho de 2019

Emoções e Doenças Bucais

Em nossa boca vivem milhões de bactérias, em perfeita harmonia com o organismo. Elas contribuem com a saúde (bucal e geral), participando do desenvolvimento de tecidos, proteção e digestão. Portanto, é o contrário do que Pasteur afirmou, que os micróbios seriam seres perigosos, que deveriam ser eliminados. Eliminar as bactérias da boca, como muitos fazem, através de bactericidas (como os enxaguatórios) constitui na verdade um erro, que conduz a doenças bucais e gerais. Nakae (1986) adverte que o uso tópico de antibióticos, sobre a placa bacteriana leva à destruição dos micro-organismos, o que impossibilita que estes atuem como recurso preventivo de doenças gengivais. Madigan e outros afirmam que a composição da microflora humana é relativamente estável (...), protegendo o hospedeiro e produzindo nutrientes importantes que contribuem para o desenvolvimento do sistema imunológico” (Madigan MT, Martinko JM & Parker J. 1996. Biology of microorganisms, 8th. Prentice Hall, NJ, USA). Nossa experiência clínica confirma a tese de Norberto Keppe que nossas enfermidades bucais (e gerais) advêm primariamente de um desequilíbrio psíquico (e social), que atinge o organismo, e não que os micro- -organismos sejam a causa do adoecimento. Uma pessoa psiquicamente equilibrada e com uma vida social adequada, dificilmente contrai doenças. Assim, para prevenirmos e tratarmos as enfermidades, temos que considerar a estrutura integral do ser humano – sobretudo sua parte psíquica, social e ambiental, como a ciência trilógica vem mostrando na atualidade.

Márcia Sgrinhelli e Heloísa Coelho

Texto disponível no Jornal STOP 55 disponível aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário