quarta-feira, 25 de março de 2020

O Estresse, a Doença Periodontal e Diabetes Tipo 2


De acordo com as nossas pesquisas, a doença periodontal (DP), o diabetes mellitus (DM) e a grande maioria das doenças orgânicas são causadas pelo estresse emocional, que, por sua vez, tem origem psicossocial. Um periodonto sadio é fundamental para manter os dentes “firmes”. A manifestação inicial da DP é a gengivite que, se não cuidada ao longo dos anos, pode se tornar severa, com formação de bolsas periodontais e reabsorção óssea. (1) A DP, assim como o DM tipo2, é crônica, “silenciosa” (os sintomas só aparecem mais tarde) e a sua incidência aumenta com a idade. Acredita-se que a causa do DM tipo 2 seja uma produção insuficiente de insulina ou uma incapacidade do organismo de usá-la da forma correta. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 7% dos brasileiros sofrem de diabetes (12,5 milhões).(2) O estresse pode desencadear ou agravar a doença periodontal e o DM tipo 2. Desde 1982, temos alertado para a etiologia psicossocial da DP, e hoje, cientistas comprovam isso. Em 1998, Genco e cols. avaliaram a associação entre doenças periodontais e estresse, ansiedade e capacidade de resolução de problemas em 1426 pessoas de 25 a 74 anos. (3) “É mais provável que o estresse crônico seja o responsável pelo aparecimento do diabetes, já que ele faz com que ocorra uma liberação constante de adrenalina e cortisona (hormônios do estresse) em excesso.”, explica Saulo Cavalcanti, da Soc. Bras. de Diabetes. (4) “A ideia de que o estado emocional leva ao desenvolvimento do diabetes existe desde o século XVII”, relata a médica Andressa Soares.(5) A Doença Periodontal é reconhecida como a 6a complicação do diabetes(1). Segundo a Sobrape (Soc. Bras. Periodontolo- gia), o risco de DP é 2,5 vezes maior em diabéticos.(6) Essas doenças interagem de uma forma bidirecional: o DM altera a resposta imunológica e metabólica do organismo favorecendo e exacerbando a DP, e esta contribui para o mau controle dos níveis glicêmicos (glicose no sangue). Assim, a manutenção dos tecidos periodontais contribui para um melhor controle metabólico, reduzindo os níveis de glicemia. (1) O principal fator para o “gerenciamento” do estresse chama-se consciência, que tem enorme poder energético e curativo. (7) Portanto, conscientizando suas emoções negativas (raiva, medo, inveja) e seus problemas psicossociais, o diabético consegue estabilizar sua saúde bucal e controlar seu diabetes, sem nenhum medicamento. Como no caso do cliente A, 55 anos, que apresentava DP associada à diabetes e iniciou psicoterapia trilógica há um ano. Hoje, ele consegue gerenciar seu estresse e, assim, controla o diabetes sem nenhum medicamento, e mantém a saúde bucal estabilizada, necessitando apenas de consultas para remoção de tártaro. Perfil Psicológico dos diabéticos: “O diabético não absorve, não usufrui o “açúcar” da vida, o bem, a energia. Ele não tem nada que falta na sua vida, ele está repleto de “bem” e não usufrui. Geralmente, ele apresenta uma incapacidade de absorver o bem”, observa a psicanalista Cláudia Pacheco. “O Mais Difícil Para o Ser Humano é Aceitar o Bem.” (8) 

Heloísa Coelho e Márcia Sgrinhelli

Texto do Jornal STOP 104 03/2020




quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Resistência ao Trabalho É a Maior Causa da Hipertensão

A Hipertensão (pressão alta), caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea (acima de 14 por 9), é uma doença crônica e cada vez mais frequente. Chamada de “assassina silenciosa”, é um dos principais fatores de risco de acidente vascular cerebral (AVC) e enfarte. No Brasil, foram registrados 388 óbitos por dia no ano de 2017 devido à pressão alta e suas sequelas. (1) 
Cerca de 25% dos Brasileiros Sofrem de Hipertensão, conforme pesquisa com 52.395 moradores das capitais; sendo que os mais afetados são os idosos com mais de 65 anos (1), uma vez que se aposentam e se sentem inúteis. Gøtzsche aconselha que os idosos controlem a pressão arterial sem medicamentos, como muitos fazem, para evitar efeitos colaterais como vertigens e quedas.(2)
A causa da maioria dos casos de hipertensão é psicossocial. “Não é possível separarmos nossos valores e filosofia de vida de nossa saúde emocional e orgânica. Existe uma unidade no ser humano: seus sentimentos, seus pensamentos e suas ações são inseparáveis, e interagem entre si o tempo todo”. (3)
Numa entrevista de Rádio, a psicanalista Cláudia Pacheco, autora de obras sobre Medicina Psicossomática, alerta: “Pelo processo inconsciente de inversão*, o ser humano trabalha com raiva, e isso causa contração muscular e a produção de toxinas, que podem ser letais. Muitos trabalham contrariados porque estão trabalhando para causas nocivas, mas isso precisa ser analisado, conscientizado e dissolvido, senão a pessoa acaba morrendo mais cedo. Se o ser humano precisa trabalhar numa estrutura doentia para sustentar a família, deve fazer análise trilógica para aprender a lidar com esse confl ito no interior. É possível regularizar e estabilizar a pressão sem medicação, com psicoterapia. Mas, se o cliente parar de fazer análise ou começar a esconder o que sente, então a pressão volta a subir.” (4)
A Ação (Pura) É a Saúde, e a Inação a Doença “Hoje em dia, o ideal de todos é viajar, ter uma vida de prazeres, sem muito trabalho, uma vida de ócio até... Hipertensão é mais comum nas pessoas que estão descontentes com o trabalho,” diz N. Keppe, no seu Programa de Rádio. (4) O sonho de se aposentar e parar de trabalhar é uma ilusão porque quem faz isso nunca consegue a felicidade que almejava. Veja o diálogo a seguir:

Cliente: - Quando me aposentei, tinha a ideia que iria ter um vidão, que conseguiria a realização de todos os meus sonhos. 
Psicanalista: - Mas, explique melhor. 
Cliente: - Tinha a ideia que iria viver viajando, conhecendo os lugares mais bonitos do mundo, e noto que não encontrei a felicidade com isso.

Esse fato mostra que o bem-estar reside no interior de cada pessoa, e toda a maravilha que existe reside mais aí – que a verdadeira felicidade consiste no encontro do bem interno com o externo. Daí, a necessidade de construir uma civilização estética e boa, para se coadunar com nosso aspecto são fundamental”. (5)
__________

*Inversão: Mecanismo psíquico, inconscientizado, descoberto por N. Keppe.
1. Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 2018. http://www.saude.gov.br/ noticias/agencia-saude/45446-no-brasil-388-pessoas-morrem-por-dia-por-hipertensao. Acessado 28/11/2019.
2. GØTZCHE, P. Medicamentos Mortais e Crime Organizado. Bookman Editora, 2016
3. PACHECO, C.B.S. De Olho na Saúde. 2ª ed. Proton Editora, 2016.
4. Programa Stop a Destruição do Mundo, nº 652, Rádio Mundial, dez/2019.
5. KEPPE, N.R. Teologia Trilógica Científica. Proton Editora, 2009.

Texto do Jornal STOP 103, disponível aqui!

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

A tensão emocional e as doenças da gengiva

Os dentes e as gengivas também sofrem influência das nossas emoções negativas como raiva, medo e inveja. Através da técnica de conscientização keppeana podem-se resolver problemas gengivais, como no seguinte caso: 

A senhora L.G. (68 anos) tinha dentes com certa mobilidade; suas gengivas se inflamavam e sangravam sempre que ela era convidada para uma reunião social. Com a psicoterapia trilógica, L.G. conscientizou-se que se isolava para manter uma ideia de perfeição sobre si mesma e passou a ser mais sociável. Aos poucos seus dentes firmaram e até hoje, com 82 anos, sua saúde bucal continua estabilizada. 

Outro caso interessante é de M.A. que, aos 30 anos, apresentou descolamentos da gengiva (bolsas periodontais). Nesse caso, o especialista indicou cirurgia das gengivas. Descontente com isso, M.A. nos procurou para fazer tratamento e iniciou também a psicoterapia trilógica. Em poucos meses, houve reparação das bolsas periodontais, e sua saúde bucal permaneceu assim até hoje (aos 62 anos), necessitando apenas de raspagens anuais.

Como somos uma unidade indissolúvel entre o psíquico e o físico, adoecemos primeiro psiquicamente e depois fisicamente. A conscientização de nossos problemas tem um grande poder energético de recuperar nossa saúde. Pela natureza, a estrutura essencial do ser humano é capaz de autorregenerar nosso organismo.

Márcia Sgrinhelli e Heloísa Coelho Dentistas, professoras de Psicossomática da Faculdade Trilógica Keppe & Pacheco.


Texto publicado no Jornal STOP 102, disponível aqui!